segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Mal(ditas).



Era domingo de manhã e como por um milagre não chovia. Samantha não estava se sentindo bem, ela acordou com um vazio amedrontador em seu peito. Coisa que nada fachava. Era saudade. "Maldita saudade..." pensava a guria. Ela estava com medo de por tudo a perder naquela noite. Estava fazendo tudo certinho e não queria estragar a sensação de "eu consigo...", mas bem, ela conseguiu estragar.

Ela havia separado o mês pra dizer aos outros o que pensava e sentia, mas olha  a cilada, mês errado. Mês de  morte. Principalmente o dia errado!

Ela já havia chorado durante aquele dia. Palavras as vezes machucam. Ela sabia disso melhor do que ninguém. E ela matou uma amizade justamente com palavras. Quem diria, utilizar a arma que ela mais odiava? Deve ser a ironia dessa nossa vida.

Brigaram feio, Malditas palavras. Malditas! Amizade desfeita, aquela foi a que mais durou. Mas como sempre, ela conseguiu acabar, destruir!

Ela sonhava com o futuro, onde distante de tudo isso, ela viveria em paz. Viveria bem e saberia amar. Os outros e ela mesma. Sonho distante.

Como Samantha foi perder uma amizade dessas? Ela sabia que pedir desculpas não bastaria. Aquele maldito vazio no seu peito só fez aumentar quando ela se deitou pra tentar dormir, e lembrou que conseguiu perder mais um amigo. Lagrimas sufocadas. E lá foi ela tentar dormir de novo.
Samantha pegou no sono pensando num futuro distante. Quase sonho. Um futuro diferente, onde ela saberia amar em medo. Até porquê o amor tinha que parar de ser como Vênus: Bonita de longe, e feita de gases venenosos de perto. Ela sonhava com um futuro que ainda tinha chance de ser assim: Menos brigas, mais amizades. Mais sorrisos. Mais paz. Menos culpa e menos insônia. Esse futuro seria a volta de uma amizade.  Pelo que eu sei, ainda da tempo pra voltar a ser amiga de si própria e dos outros.


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